Todos: Sim.
Algum tempo depois estavam chegando ao local onde ficava o hospital. Desceram do carro e seguiram o caminho a pé. Enquanto seguiam, Amarildo ia explicando para Bia que era um hospital no qual estavam internados pacientes com câncer.
Bia: Câncer?
Amarildo: É. O Luan, como a Marizete disse, fez uma doação pra eles.
Amarildo ia continuar, mas foi interrompido por uma mulher que veio recepcioná-los, fazia parte da direção do hospital. A pedido do Luan, o pai dele pediu desculpa para ela, por não poder comparecer e explicou que ele teve uns contratempos. Ela entendeu a situação, mas lamentou, porque tinham várias crianças esperando por ele. Amarildo explicou que não faltará oportunidade dele ir visitá-los.
Depois de devidamente apresentados, seguiram pelas alas do hospital. Com a mulher explicando cada detalhe. À medida que iam andando, Bia ia se perdendo em seus pensamentos. Lembrando da época que sua mãe ficou doente.
Andava pelos corredores, observando cada detalhe, mas, sinceramente, não prestava atenção em uma só palavra que a mulher dizia. A medida que iam andando, foi ficando pra trás. Devido ao tumulto das pessoas, nem Bruna, nem Marizete, nem Amarildo, perceberam Bia ficando para trás.
Bia despertou de seus devaneios quando ouviu uma voz vinda de um dos leitos do hospital. Estava baixa, mas ela reconheceria em qualquer lugar.
"Não sei se foi real, mas vi você chegar, por entre as flores brancas de um lindo lugar. Magia de um outro planeta sem igual. Amor descontrolado, fora do normal. Sobrenatural, sobrenatural..."
Bia parou na porta e pôde observar uma linda menina que tinha por volta dos seus oito ou nove anos. Ela cantarolava a música, acompanhando enquanto o dvd tocava. Ela não havia percebido Bia na porta.
Bia: Oi.
Isabel: Oi.
Bia: Eu posso entrar?
Isabel: Pode.
Bia foi entrando e se aproximou de uma cadeira.
Bia: Eu posso sentar aqui? (Ela apenas balançou a cabeça, afirmativamente.)
Bia: Meu nome é Bia, e o seu?
Isabel: Isabel.
Bia: Prazer, Isabel.
Bia estendeu a mão para Isabel. Ela hesitou um pouco, até que por fim ela estendeu a mão e deu um sorriso.
Bia: O que você está assistindo?
Isabel: O Luan Santana.
Bia: Pelo que eu vi você gosta muito dele, vi que você estava cantando a música dele.
Isabel: Gosto. Eu estava vendo o dvd dele.
Bia: Eu posso ver com você?
Isabel: Pode.
Isabel ficou em silêncio por um minuto, enquanto aumentava o som pra Bia poder ouvir.
Isabel: Você sabia que ele vai vir aqui hoje?
Bia sabia que ele não iria visitar o hospital, mas resolveu ficar quieta. Não queria estragar o sonho de Isabel de vê-lo.
Bia: É mesmo? E o que você vai falar quando ele chegar?
Isabel: Que eu amo ele e eu queria poder dar um beijo nele.
Bia: É? Você sabia que quando a gente deseja muito uma coisa com toda a força do nosso coração, esse desejo se realiza?
Isabel: É? Você jura?
Bia: Juro.
Nesse momento, entra uma enfermeira no quarto.
Enfermeira: Bom dia, Belzinha. Tô vendo que você tem visita.
Isabel: Essa é a Bia.
Enfermeira: Oi, Bia, tudo bom?
Bia: Tudo.
Enfermeira: Eu não queria atrapalhar vocês duas. Mas eu vou ter que levar a Belzinha, depois vocês continuam a conversa de vocês.
Bia: Não, tudo bem, eu tenho que ir.
Isabel: Já?
Bia: Já, Isa, eu preciso ir. Tchau, se cuida.
Isabel: Posso te dar um beijo?
Bia: Claro que pode. Eu iria ficar brava se você não me desse.
Isabel se aproximou de Bia e deu um beijo em seu rosto. Bia retribui o gesto de Isabel. Depois foi saindo do quarto e foi seguindo pelo corredor, pensando em toda aquela situação. Como o Luan era presente na vida de pessoas como Isabel, e mesmo não o conhecendo.
Bruna: Ei, Bia, tô falando com você.
Bia: Desculpa, Bruna, não tinha ouvido.
Bruna: Minha mãe está feito louca trás de você, onde você se meteu?
Bia: Desculpa, Bruna, eu acabei me perdendo de vocês.
Bruna: Vem, vamos antes que minha mãe mande o exército atrás da gente.
Bia seguiu com Bruna. Conversando a respeito do hospital, do Luan e da diferença que ele fazia na vida de muitas pessoas. Quando se aproximavam do grupo onde estavam os pais do Luan, Marizete olhou pra Bia com cara de poucos amigos.
Seguiram a visita, terminando ela em um local que o pessoal tinha reservado para Luan. A diretoria explicou a situação para as pessoas que estavam ali, o que tinha ocorrido. Os pais do Luan se desculparam. Bia observava tudo em silêncio.
Estava ao lado de Bruna, quando no meio das pessoas viu um rostinho conhecido. Era Isabel que enxugava as lágrimas que teimavam em cair. Quando Bia viu aquela cena doeu muito, se sentiu impotente.
Um pouco antes de tudo aquilo terminar, Isabel falou alguma coisa no ouvido da enfermeira. Depois a enfermeira conversou com uma outra que estava a seu lado, que estava com ela cuidando das crianças. Depois se retirou com Isabel.
Alguns minutos depois, Bia estava saindo com a família do Luan do hospital. Ela teve vontade de ir atrás de Isabel, mas sabia que se sumisse de novo, não seria nada bom. Rober pegou um táxi e foi embora, eles entraram no carro do pai do Luan e foram embora. Bia seguia o caminho calada.
__________
Olá, negas!
Espero que tenham gostado do capítulo.
Ah, um recadinho para dona Yana: Você me cobra o capítulo, mas não comenta. Cadê os comentários? Sem comentário, sem imagine, haha.
Mil beijos,
Nathyyy
Amei este capitulo d+++++
ResponderExcluirObrigada.
ExcluirSeja muito bem-vinda, nega.
Mil beijos,
Nathyyy
Muito bom, já quero mais ;) q pena q o Lu não pode ir no hospital, tadinha da Isa!
ResponderExcluirÉ uma pena mesmo. A Isa ficou muito triste com isso, coitada.
ExcluirPode deixar, que já, já eu posto mais.
Mil beijos,
Nathyyy
Olá nega! Não tem como não gostar dos Capitulos, e cada um melhor do que o outro!! ;-)
ResponderExcluirOlá, nega!
ExcluirMuito obrigada. A autora fica muito feliz com o seu comentário e eu também.
Mil beijos,
Nathyyy