Capítulo 116_"O meu amor por você"

   Era um buquê enorme de rosas vermelhas com duas rosas brancas no centro, seu Antônio mal conseguia carregar. Bia ficou sem reação:
Sr. Antônio: Você quer que eu ajude você colocar no carro?
Bia: Ah, sim, claro, vamos.
Sr. Antônio: A pessoa que te mandou isso deve gostar muito de você.
Bia: É, acho que sim.
   Ele colocou no carro. Bia agradeceu e ele voltou para portaria.
   Bia olhava o buquê. Só naquele momento ela viu que tinha um cartão, pegou e abriu. Era a foto dela com o Luan no Bicuço, era a primeira vez que ela via a foto. Ele tinha prometido que ia mandar pra ela mas não tinha mandado. Quando olhou na parte de trás do cartão:

“Eu te amo. Veja essas rosas como se fosse o meu amor por você. As rosas brancas representam nós dois, as vermelhas são o nosso amor.”

   Bia entrou no carro e foi trabalhar. Chegando lá:
Fabi: Bom dia.
Bia: Bom dia.
Fabi: Que foi, Bia? Aconteceu alguma coisa?
Bia: Olha o que eu recebi hoje cedo. (Bia mostra o cartão pra Fabi.)
Fabi: Tá, mas cadê as rosas que ele fala aqui? Não vi você trazendo nada.
Bia: Estão dentro do carro.
Fabi: Mas por que você não trouxe? A gente colocava num vaso, sei lá.
Bia: Fabi, eu estou com uma floricultura dentro do meu carro, é um buquê enorme que eu mal consigo carregar.
Fabi: É, pelo jeito ele tá arrependido mesmo.
Bia: Sei lá, deixa eu ir trabalhar.
   Bia foi trabalhar.

   Luan está acordando no hotel. Tinha custado a dormir na noite anterior, já eram 15:00, foi tomar um banho. A equipe já estava no restaurante do hotel.
Dagmar: Mas quem te falou isso?
Anderson: O próprio Luan, era o pai da Bia conversando com ele ontem.
Dagmar: Você acha que tem chance deles voltarem?
Anderson: Não sei, se depender do Luan, sim.
Peixola: Vai entender esse garoto, esses dias atrás ele nem queria ver essa garota, bastou o pai dela vir aqui e ele mudou de ideia.
Dagmar: Não podemos falar nada a gente não sabe o que aconteceu entre eles dois.
Anderson: Eu sei, o Luan me falou.
Dagmar: Então me explica, por favor?
Anderson: Deixo o Luan te contar, com certeza ele vai te falar.
Marla: Agora uma coisa nós temos que concordar: ele ficou super mal esse tempo que eles ficaram separados, ele não conseguiu esquecê-la.
   Nesse momento Luan chega:
Luan: Bom dia, gente.
Todos: Bom dia.
Dagmar: Como você tá?
Luan: Bem, na medida do possível.
Dagmar: Dá pra você falar pra gente o que aconteceu entre vocês?
Luan: Tô vendo que eu sou o assunto da vez aqui nessa mesa, eu posso tomar café primeiro?
Testa: Fala logo, até eu tô curioso agora.
Luan: Tivemos uma discussão boba e terminamos, só isso.
Testa: Cara, para de enrolar, pra quem te viu tomar um tapa na cara, o resto é fichinha...
Luan: Cala boca, Testa.
Peixola: Quando foi isso? Eu perdi uma cena dessa?
Luan: Ih, vão começar?
Peixola: Conta aí, Testa.
Rober: Foi no dia que fomos na inauguração daquela casa de show em Santa Catarina. Luan ficou a fim de uma garota, só que ela estava acompanhada e não deu bola pra ele, pois ele foi atrás dela e tentou beijá-la e levou um belo de um tapa na cara.
Marla: Luan, eu não te entendo, você não quer voltar pra Bia? E sai beijando outra garota? esses homens, viu.
Luan: Mas era a Bia, Marla.
Rober: Era a Bia, apesar de ter visto ela apenas uma vez, mas ela tá diferente.
Luan: Vamos deixar esse papo pra lá, deixa eu tomar café.
   Acabaram mudando de assunto.

   Luan foi pra academia, depois subiu pro quarto. Foi tomar um banho, depois ficou mexendo no seu Twitter. Quando batem na sua porta:
Luan: Entra.
Marla: Oi...
Luan: Entra aí.
Marla: O pessoal vai sair daqui a pouco, vamos com a gente?
Luan: Não tô muito afim, não, Marloca.
Marla: Vamos Luan, aí você se distrai um pouco. Que história foi aquela do tapa?
Luan: Não foi nada, o Testa que exagera.
Marla: Tá, sei, mas vocês já se acertaram?
Luan: Ainda não, eu pisei na bola com ela, quando a gente terminou eu não quis ouvi-la, agora ela que não quer me ouvir. Já liguei, já mandei mensagem, já pedi desculpa, mas ela não me responde.
Marla: Dá um tempo pra ela.
Luan: Eu tô tentando, mas custava ela pelo menos me atender me ouvir?
Marla: Vem com a gente, assim você tira ela um pouco da cabeça. Amanhã a gente tá indo pra São Paulo mesmo, quem sabe não é melhor vocês conversarem pessoalmente?
Luan: Eu já tinha pensado nisso.
Marla: Então vai se trocar, daqui a pouco eu venho te pegar.

   Marla sai. Luan foi se trocar. Algum tempo depois Marla estava batendo em sua porta, saíram do hotel e entraram na van. Dentro da van, Luan manda outra mensagem. Depois foram curtir a noite.

   Bia chegou em casa, tomou um banho. Quando saiu do banheiro pegou o telefone e foi deitar.  Estava quase dormindo, o telefone começa a vibrar:

   Luan entra na boate com o pessoal:
Marla: Vai, Luan, se anima.
   Luan apenas sorri. Ele vai pegar uma bebida, depois fica em um canto da boate. Com o som alto ele não ouve o celular, apenas o sente vibrar. Olhou no visor. Não acreditava, era Bia, atendeu sem pensar. Bia, do outro lado, ouve o barulho da música:
Luan: Oi, Bia, neguinha.
Bia: Desculpa, acho que estou te atrapalhando.
Luan: Bia, espera. Vamos conversar, por favor, amor.
Bia: Deixa pra outro dia, tchau, Luan. (Ela não dá tempo pro Luan responder, desliga o telefone.)
Luan: Droga.
Marla: Que foi, Luan?
Luan: A Bia acabou de me ligar.
Marla: Você conseguiu conversar com ela?
Luan: Ela desligou na minha cara. Eu falei que não queria sair, ela ouviu a música. Deve achar que eu tô na farra, me agarrando com alguém.
Marla: Depois você liga pra ela.
Bia na casa dela: Vai, sua idiota, você com pena dele e ele na farra. Ai como eu sou burra!

   Luan tentou ligar pra ela, mas o telefone caía na caixa postal. Ficou mais um tempo na boate, depois foi embora. Tentou descansar, com muito custo conseguiu dormir. Bia também demorou a dormir.

   No dia seguinte Bia foi trabalhar. Deixou o celular desligado. Foi almoçar com a Fabi, contou pra ela o que tinha acontecido. Depois voltaram ao trabalho. Depois do almoço, resolveu ligar o telefone.

   Eram 15:00 quando Luan embarcava para São Paulo.
   Bia sai do serviço acompanhada por Fabi até o estacionamento quando o seu celular começa a tocar, Bia olha:
Fabi: Luan...
Bia: Não. Oi, Alex.
Alex: Oi, não esqueceu nosso jantar?
Bia: Não, tô saindo do serviço agora, passa lá em casa umas 20:00, pode ser?
Alex: Tá bom, quando eu estiver chegando eu te ligo.
Bia: Tá, tchau.
Alex: Tchau.
   Fabi apenas balançava a cabeça.
Bia: Que foi?
Fabi: Precisa eu falar alguma coisa?
Bia: É só um jantar, Fabi, entre amigos.
Fabi: Tá, sei, só que eu acho que alguém esqueceu de avisar pra ele.
Bia: Tá, Fabi, deixa eu ir embora, beijos.
Fabi: Tchau, tenta falar com o Luan, não custa nada. Você perdoou o Alex que é um mala sem alça. Perdoar o Luan é fichinha. Beijinhos.
Bia: Vou pensar.